Como foi o workshop?
Olhei para as fotografias, enchi-me de novo do amor do workshop e fiquei com vontade de escrever qualquer coisa. Mas é tão difícil descrever a experiência, que nem vou tentar. Vou só partilhar alguma imagens lindas, que me passam pela cabeça. Alguns momentos da minha experiência, da nossa experiência. Se alguém mais tiver vontade, que partilhe também, talvez depois tudo junto, seja uma boa imagem do que aconteceu, e alguém que leia, não possa evitar experimentar o próximo.
A certa, altura como a Siri observou, já não éramos vários era apenas um. Abandonámos todos os corpos no chão e voamos como anjos por cima da tenda, em círculos, subimos numa nuvem, numa espiral, feita de amor. Já ninguém tinha a protecção de sempre à volta, havia exposição. Era apenas uma partilha da bela experiência que é estar vivo, nada mais.
No sábado, depois de tantos kryas, nos relaxamentos consegui mesmo voar, como nos sonhos. Andava sobre a relva e depois ficava leve e deixava o chão. Olhava para os corpos que repousavam... não conseguia ver o meu...
E por falar em visualizações. Não me sai da cabeça aquela viagem. Uma casa toda branca, sair pela porta, descer três degraus, caminhar pelo campo até a uma zona com vegetação, continuar a andar, estou extremamente seguro do lugar para onde me dirijo. A vegetação torna-se mais densa, e continuamos a andar, com segurança. À frente encontra-se um círculo de árvores, vamos para o centro do círculo. Aparece o anjo Gabriel, um anjo homem grande, branco, com uma espada com diamantes. A cara do meu anjo era a da pessoa ao meu lado, a última que vi, quando gentilmente me ofereceu parte do cobertor para servir de almofada. E o anjo empresta-nos a espada. Com ela atingimos os nós que representam ligações emocionais ao passado, que nos roubam energia. Voltamos, pelo mesmo caminho, o anjo despede-se de nós ao chegar perto da casa branca. Não sei se foi por estarmos todos deitados no chão em círculo, com as cabeças viradas para o centro, a imaginar o mesmo, que esta viagem me parece tão real, foi uma viagem tão linda... acho que nunca a vou esquecer...
Ainda no sábado, depois do workshop, há um momento que me ocorre por vezes. A Siri diz que 99% do tempo estamos a tentar melhorar coisas, a inventar problemas para resolver, em vez de estarmos gratos pelo momento presente, pela dádiva da vida, por tantas coisas boas. Vamos num carro na estrada e falham os travões... depois a direcção deixa de funcionar... o que fazemos? (e há uma pausa... é preciso imaginar a situação por momentos) Basta deixar de imaginar! Foi num filme, no filme aparecia a senhora que levou a Siri ao final do seu caminho espiritual...
Domingo. A energia dos centros inferiores foi libertada, no dia anterior. Agora é só dirigi-la toda para o coração. Será que os pontapés de celibatário eram para transformar os eventuais últimos resíduos de sexo, em amor? Braços no ar, braços no ar, braços no ar. Com os braços abertos, palmas das mão côncavas, viradas para cima, 10 minutos. Isto foi quase no fim. Ri, chorei, ri, respirei com tanta força. Havia vários sons, sons de todos nós... era sofrimento? era amor? o que era? (bom, à gaija ao lado não custou :-) ) Senti que queria ser crucificado, com o Jesus Cristo, morrer de amor, por todos os presentes, por todas as pessoas... Ah, tanta abertura, que experiência única... não sei como dizer como foi bom...
E as meditações de Vénus, tenho que escrever isto aqui, não vá alguém esquecer. De preferência um homem e uma mulher. Não pode haver qualquer interesse de sedução, devem ser neutros. Olhos nos olhos durante três minutos. Cada um expõe-se totalmente e deixa o outro olhar-lhe através dos olhos, para dentro. A posição das mãos... como se segurássemos uma grande esfera, por baixo. As mão do homem um pouco mais abaixo, os dedos mindinhos do homem juntos apontam, mas não tocam as mãos da mulher... depois mais três minutos com os olhos fechados. E fizemos de novo, mas agora as mão direitas dadas e as esquerdas tipo angeli mudra. Achei estas meditações extremamente difíceis de iniciar. Mas é simplesmente linda a pureza da intenção disto, seja qual for o resultado, é uma coisa boa.
Os olhares... como as pessoas se olhavam... sem defesas, expostas... há afecto, abraços, festinhas, a sensação de estarmos juntos, de sermos apenas pessoas atiradas para este mundo, que apenas vivem, que querem ser felizes, partilhar a experiência de estar. A sensação de proximidade, de união, sei lá, não escrevo mais que já escrevi muito, mas prontos...
É assim que se cresce, que se aprende, não é na escola, é nos workshops de yoga! Quando é o próximo? :-)
A certa, altura como a Siri observou, já não éramos vários era apenas um. Abandonámos todos os corpos no chão e voamos como anjos por cima da tenda, em círculos, subimos numa nuvem, numa espiral, feita de amor. Já ninguém tinha a protecção de sempre à volta, havia exposição. Era apenas uma partilha da bela experiência que é estar vivo, nada mais.
No sábado, depois de tantos kryas, nos relaxamentos consegui mesmo voar, como nos sonhos. Andava sobre a relva e depois ficava leve e deixava o chão. Olhava para os corpos que repousavam... não conseguia ver o meu...
E por falar em visualizações. Não me sai da cabeça aquela viagem. Uma casa toda branca, sair pela porta, descer três degraus, caminhar pelo campo até a uma zona com vegetação, continuar a andar, estou extremamente seguro do lugar para onde me dirijo. A vegetação torna-se mais densa, e continuamos a andar, com segurança. À frente encontra-se um círculo de árvores, vamos para o centro do círculo. Aparece o anjo Gabriel, um anjo homem grande, branco, com uma espada com diamantes. A cara do meu anjo era a da pessoa ao meu lado, a última que vi, quando gentilmente me ofereceu parte do cobertor para servir de almofada. E o anjo empresta-nos a espada. Com ela atingimos os nós que representam ligações emocionais ao passado, que nos roubam energia. Voltamos, pelo mesmo caminho, o anjo despede-se de nós ao chegar perto da casa branca. Não sei se foi por estarmos todos deitados no chão em círculo, com as cabeças viradas para o centro, a imaginar o mesmo, que esta viagem me parece tão real, foi uma viagem tão linda... acho que nunca a vou esquecer...
Ainda no sábado, depois do workshop, há um momento que me ocorre por vezes. A Siri diz que 99% do tempo estamos a tentar melhorar coisas, a inventar problemas para resolver, em vez de estarmos gratos pelo momento presente, pela dádiva da vida, por tantas coisas boas. Vamos num carro na estrada e falham os travões... depois a direcção deixa de funcionar... o que fazemos? (e há uma pausa... é preciso imaginar a situação por momentos) Basta deixar de imaginar! Foi num filme, no filme aparecia a senhora que levou a Siri ao final do seu caminho espiritual...
Domingo. A energia dos centros inferiores foi libertada, no dia anterior. Agora é só dirigi-la toda para o coração. Será que os pontapés de celibatário eram para transformar os eventuais últimos resíduos de sexo, em amor? Braços no ar, braços no ar, braços no ar. Com os braços abertos, palmas das mão côncavas, viradas para cima, 10 minutos. Isto foi quase no fim. Ri, chorei, ri, respirei com tanta força. Havia vários sons, sons de todos nós... era sofrimento? era amor? o que era? (bom, à gaija ao lado não custou :-) ) Senti que queria ser crucificado, com o Jesus Cristo, morrer de amor, por todos os presentes, por todas as pessoas... Ah, tanta abertura, que experiência única... não sei como dizer como foi bom...
E as meditações de Vénus, tenho que escrever isto aqui, não vá alguém esquecer. De preferência um homem e uma mulher. Não pode haver qualquer interesse de sedução, devem ser neutros. Olhos nos olhos durante três minutos. Cada um expõe-se totalmente e deixa o outro olhar-lhe através dos olhos, para dentro. A posição das mãos... como se segurássemos uma grande esfera, por baixo. As mão do homem um pouco mais abaixo, os dedos mindinhos do homem juntos apontam, mas não tocam as mãos da mulher... depois mais três minutos com os olhos fechados. E fizemos de novo, mas agora as mão direitas dadas e as esquerdas tipo angeli mudra. Achei estas meditações extremamente difíceis de iniciar. Mas é simplesmente linda a pureza da intenção disto, seja qual for o resultado, é uma coisa boa.
Os olhares... como as pessoas se olhavam... sem defesas, expostas... há afecto, abraços, festinhas, a sensação de estarmos juntos, de sermos apenas pessoas atiradas para este mundo, que apenas vivem, que querem ser felizes, partilhar a experiência de estar. A sensação de proximidade, de união, sei lá, não escrevo mais que já escrevi muito, mas prontos...
É assim que se cresce, que se aprende, não é na escola, é nos workshops de yoga! Quando é o próximo? :-)
5 Comments:
Caro Amigo,
Não tive o prazer de ir a esse Workshop, mas depois de ler este teu comentário, sinto-me como se tivesse ido.
Abraço R
(ou beijinhos)
By R, at 19/5/06 14:04
ah agora sim, um comentário à altura da experiencia!!!
Ganda Luis!
Não te inibas de escrever, nem que sejas o unico, não queiras ficar com isso tudo para ti. :-P
Vais ver que aos poucos influencias os outros ao fazeres estas tuas lindas partilhas com o amor que tanto nos preenche.
Por vezes é um caminho solitário sim, mas e então?
Descobrimos entrett q a unica coisa q nos faz sentirmos-nos sós é o medo, e se soltarmos o verdadeiro amor nunca nos sentimos sós!
;-)
Obrigada por seres meu companheiro nesta viagem.
Proximos workshops já em Julho de 1, 8 ou 9, 15 e 16, em vários pontos do país.
Ah pois é!! ;-))
Os "verdinhos" estão ao ataque!
Sat nam!
By Cris, a jardineira, at 19/5/06 18:01
Eu também girei muito, subi, subi, e saltei até à praia, e dancei, dancei, como se o meu respirar dependesse disso, e comigo dançava o mar em ondas e a areia :))))))))))))))))
Sorri, sorri, sorri muito, chorei, chorei, chorei quanto pude, sem saber que precisava…
E também queimei medos a olhar para a Lua cheia, apenas na companhia das nuvens, do oceano, da areia, e de um gato preto que não conhecia…
Resumindo: foi magia! :D
Talvez uma nova Sofia tenha nascido (ou florescido? ;) ), ou pelo menos passou a ser uma Sofia mais feliz e a viver o hoje com uma grande alegria no coração.
Perguntam-me o que me põe assim, mas eu não sei…
Acho que me apaixonei… pelo MUNDO!
Resumindo 2: espero que a ressaca deste workshop não acabe nunca eheheh
(ou pelo menos até ao próximo)
um abraço a todos
By wm, at 19/5/06 18:29
Obrigado, Imhotep, pela descrição dos acontecimentos e das sensações. Como eu só estive presente no Sábado, pude relembrar o que senti e ter uma ideia do que se passou no Domingo.
Pois é, foi bom. Foi bom e quem foi sabe que foi bom. Não só pela presença da Siri Datta, das práticas mas muito também pelo grupo especial de pessoas. Foi bom. (Sim, estou a repetir-me e não vou alongar-me)
Um comentário à parte: obrigado ao grupinho que aguentou sem protestar quando os massacrei com (algumas) fotos da Índia.
Até à próxima,
(J)Ricardo
By Tamara & Ricardo, at 20/5/06 02:20
:-D
By Imhotep, at 23/5/06 14:21
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